O tabaco é o único agente que, não sendo bactéria ou vírus, pela extensão dos seus malefícios, adqüiriu caráter pandêmico e, como tal, deve ser enfrentado como verdadeira epidemia – o que é proclamado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS informou que 1,2 bilhões de pessoas em todo o mundo são dependentes do cigarro, o equivalente a um terço da população adulta. A epidemia tabágica produz maior número de mortes que cocaína, heroína, álcool, incêndios, acidentes de carro, homicídios e AIDS somados. O tabaco é nocivo à saúde porque contém milhares de substâncias tóxicas. Além da nicotina – substância responsável pela dependência ao cigarro – já foram identificadas mais de 4700 dessas substâncias. Após uma tragada, a nicotina é absorvida e distribui-se por quase todo o organismo. Ela chega ao cérebro em aproximadamente 9 segundos. Nenhuma outra droga age com tal rapidez em nosso sistema nervoso. Os poluentes do tabaco, tais como nicotina, monóxido de carbono, elementos cancerígenos, etc., dispersam-se homogeneamente no ambiente, de tal forma que não-fumantes que estejam próximos ou não dos tabagistas acabam inalando as mesmas quantidades de nicotina e monóxido de carbono. As tentativas de limpar a atmosfera da poluição tabágica nos prédios onde se fuma são infrutíferas, sendo que a única saída para conseguir-se um ambiente isento dos poluentes do tabaco é mantê-lo no nível zero, isto é, abolir o consumo de cigarros. Muitos fumantes gostariam de parar de fumar e, para muitos deles, o maior fator motivacional está nos benefícios com a saúde. Ao parar de fumar o ex fumante aumenta sua expectativa de vida, reduzindo o risco de morte prematura, aumenta a sua capacidade respiratória, reduz as chances de ter câncer, problemas coronarianos, etc. Entretanto, o fator saúde não é o único responsável pela motivação de abandonar o cigarro. Sabemos que a cada dia cresce o número de pessoas que se sentem discriminadas e excluídas em seu próprio ambiente social
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