sábado, 25 de junho de 2011

Cresce o número de idosos que buscam aprender inglês



A população de idosos cresce e junto aos números avança a concepção de que esta faixa etária é a fase para desfrutar bons momentos e instantes de lazer, capazes de contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida.   

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro está cada vez mais velho. Os cálculos apontam que até 2050, 30 % das pessoas no pais terá 60 anos ou mais. Proporção quase 3 vezes maior que a dos dias de hoje, onde os idosos representam 10,25 % da população.

No Rio Grande do Norte a expectativa de vida subiu de 67,5% anos para 71,1%. O percentual de idosos chegou 9,83% da população. Em termos absolutos, o número de idosos passou de 199.122, há duas décadas, para 296.517, em 2007.  

Aproveitar o tempo livre para desenvolver alguma habilidade ou capacidade intelectual tem sido prioridade cada vez mais nesta faixa-etária. Nesta idade, muitos idosos se mantêm ativos tanto social quanto profissionalmente e, é também nesta faixa etária em que muitos decidem começar a aprender coisas que não tiveram oportunidade ou tempo quando eram mais jovens, como estudar inglês, por exemplo.

"Estamos tratando de um novo tipo de aluno, que até pouco tempo não aparecia nas nossas salas de aula. São pessoas que querem de fato aprender inglês, seja porque agora após aposentados encontraram tempo para fazer o que sempre sonharam ou porque querem aprender coisas novas, conhecer novos lugares ou mesmo viajar para o exterior", disse Fábio Marques, diretor do Watford.

Aprender sempre foi o grande desejo de dona Cilea. A paixão por idiomas surgiu ainda na juventude, mas a vida atribulada não permitiu que se dedicasse aos livros. Aos 76 anos ela decidiu voltar a estudar a língua que sempre foi a sua paixão.

"Sempre gostei muito de estudar inglês, mas nunca tive tempo para me dedicar como queria. Decidi voltar a estudar este ano, além de gostar muito, sei que aprender algo novo faz bem para a minha saúde", disse a aposentada.

Dona Cilea diz que nunca faltou aula. A força de vontade se traduz em bons resultado. Na primeira avaliação do ano a aluna conquistou um 9,8. "Fiquei muito feliz com o resultado. Leio muito e sempre mantenho as minhas atividades em dia", explica a boa nota.

A professora elogia a disciplina da aluna. E diz que a aposentada é uma das melhores alunas da sala. "Ela é muito esforçada, faz todas as atividades, estuda em casa. Às vezes eu preciso contê-la em sala de aula porque ela é sempre a primeira pessoa a responder aos meus questionamentos", falou Vaneska Caldas, professora do Watford.

E se engana quem pensa que a diferença de idade atrapalha no contato com os outros alunos. Dona Cilea admite que o convívio com os jovens é muito natural e que sempre que eles precisam os ajuda a tirar dúvidas.  "Muitas vezes eles me procuram com dúvidas, me sinto muito bem com os mais jovens e participo de todas as atividades em grupo", concluiu a aposentada. 

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