Inclusão:Atendimento Educacional Especializado na Escola.
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA IRACEMA BRANDÃO DE ARAUJO
INCLUSÃO - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO. Uma das funções primordiais da escola, é ampliar e reorganizar todo e qualquer conhecimento que o aluno traga em sua bagagem, seja ele cultural social ou pessoal. Embasado nessa afirmação, podemos constatar a fragilidade do nosso sistema educacional, em se tratando de AEE. Na escola, tudo já tem o seu planejamento, com objetivos, esquemas e tempo cronometrado, como se todos os alunos tivessem o seu poder de assimilação homogêneo. E em se tratando de AEE, as complicações surgem de imediato. A OMS (organização Mundial da Saúde) -1980 propôs três níveis para se entender todas as deficiências: deficiência, incapacidade e desvantagem social. O Sistema de homogeneidade das escolas, e o seu processo de competição, faz com que o professor sinta-se impotente frente a um aluno especial, porque pelas suas dificuldades e particularidades na maneira de assimilar a aprendizagem, faz com o nível de desenvolvimento de sua turma deixe a desejar. Frente a esse problema, a grande maioria dos professores, deixa esse aluno de lado, como se ele já tivesse atingido todos os níveis possíveis de conhecimento. Existem escolas que no intuito de resolver de forma rápida o problema, encontram soluções paliativas, que ao invés de resolver as situações de conflitos de aprendizagem, só aumentam o sentido de exclusão vivenciado por esses alunos, especialmente porque uma das alternativas encontradas, na maioria das vezes, é colocar esses alunos em uma sala preparadas para eles, separados dos demais alunos. E o objetivo que é criar meios para a aprendizagem, acaba agravando ainda mais a situação. O ideal seria que esses alunos permanecessem na sala de aula dita normal, e que os professores pudessem diversificar as opções de busca de construção do conhecimento, baseando no exemplo do trabalho com o sistema solar, onde são colocadas várias alternativas para se chegar ao objetivo que é a assimilação da aprendizagem. Essa prática seria a ideal que acontecesse em todas as salas que tivesse a inclusão de um aluno especial, mas o que, erroneamente acontece, é a exclusão desse aluno dentro do próprio contexto da sala de aula, limitando-o a uma participação quase neutra ou nenhuma, levando-o a ficar de fora da maioria das atividades, porque na concepção da maioria dos professores, ele não aprende mais nada, chegou ao seu limite. No entanto, sabemos que no momento da aprendizagem, se o aluno especial for provocado de forma correta, ocorrem as sinapses, e ele consegue construir seu conhecimento dentro do seu potencial e dos seus limites. Quanto mais esse aluno for induzido a pensar e buscar sua aprendizagem, mais seus neurônios irão reagir e procurar meios para adaptar a esse novo conhecimento. O atendimento ao AEE, deve privilegiar, além do desenvolvimento, a superação dos seus limites, o aluno especial com deficiência mental, necessita mais do que o suporte técnico de fora, ele precisa ser provocado, para que internamente ele reaja e queira essa mudança, essa renovação, essa superação dos seus limites. Esse aluno precisa sair da situação de recusa do conhecimento, para a sensação do que ele pode fazer e construir seu próprio conhecimento. A inclusão de alunos portadores de deficiência mental, não é apenas coloca-lo dentro de uma sala de aula normal, e mantê-lo ocupado com alguma coisa, porque dessa forma estaremos apenas excluindo de forma mais sutil. Esse aluno, precisa de alternativas para que ele possa escolher qual lhe dará suporte para que construa seu conhecimento. O objetivo para ser alcançado, não tem que percorrer os mesmos caminhos, muitas vezes, uma criança opta por uma estratégia mais rápida, mais sucinta, enquanto outras necessitam de formas mais elaboradas, mais explicadas, com mais detalhes. O importante é proporcionar a esses alunos as condições necessárias ao seu desenvolvimento, que seja limitado, mas que provoque nessa criança a vontade de buscar sempre superar seus limites.
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